A Associação Intervenção Democrática – ID integra uma história com firmes raízes na luta pela democracia em Portugal. Em particular, no MDP/CDE, grande organização de oposição ao fascismo desde 1969 que deu um valioso contributo político depois do 25 de Abril de 1974. A partir de 1987, a ID continuou a cumprir objectivos semelhantes como associação política e espaço extra-partidário: congregar pessoas assumidamente progressistas e intervir na vida cultural, social, e política portuguesa. Esta intervenção visa conhecer e transformar a realidade nacional para construir um país mais democrático e socialista — nomeadamente, como parte activa em processo eleitorais no âmbito da CDU – Coligação Democrática Unitária, junto com o Partido Comunista Português e o Partido Ecologista “Os Verdes”.
Trabalho como professor universitário e investigador na Universidade de Coimbra na área do cinema. Além do cruzamento entre a arte e a política nas minhas actividades pedagógicas e científicas, a minha intervenção política tem-se desenvolvido sobretudo em estruturas unitárias, onde há um trabalho colectivo de construção da unidade na acção entre pessoas com diferentes perspectivas. Como sindicalista que age a partir dos valores cristãos da justiça social, da dignidade humana, e da solidariedade, tenho cumprido funções dirigentes no Sindicato dos Professores da Região Centro, membro da FENPROF, e na CGTP-IN. Tornei-me membro da ID porque penso que a associação cumpre, precisamente, esta finalidade fundamental: a convergência de democratas de esquerda em Portugal, com diversos pontos de vista, concordantes na necessidade de superar as contradições da sociedade capitalista. A face mais visível deste esforço de encontro, diálogo, e união é a revista Seara Nova. Foi uma peça chave no combate ideológico contra o fascismo, na qual destacados intelectuais portugueses ligaram a produção de ideias à realidade social. Hoje, a Seara Nova permanece uma publicação vital na batalha das ideias.