Discriminação Etária

03.10.2019

Fala-se tanto de discriminações e preconceitos vários para os combater, e ainda bem, mas a discriminação etária passa muitas vezes em claro no nosso país. O modo como é olhado pela comunicação social Jerónimo de Sousa, que com 72 anos faz mais e dá mais de si do que muita gente mais nova, é um perfeito exemplo disso. Baseia-se na ideia de que os “velhos” são lentos, fracos, dependentes, senis, inúteis. Pois bem, se há coisa que sempre admirei na CDU e no PCP é o contributo que cada pessoa pela sua identidade, pelo seu percurso, pela sua actividade, pelo seu conhecimento, pode dar a esta força democrática e de unidade. Não olhamos para os muitos jovens que nela participam como imaturos, desinteressados, irresponsáveis. Não pomos de lado os mais velhos como se já nada tivessem a dizer ou a fazer. Pelo contrário. Cada pessoa contribui como sabe e pode, não só nas campanhas mas sobretudo na vida política quotidiana. E esse contributo é respeitado e integrado, porque cada um deles ajuda a consolidar posições colectivas, partilhadas, fundadas em aspirações legítimas e na experiência acumulada.