Entre a “paciência revolucionária” de Jerónimo de Sousa e a “paciência reformista” de António Costa não é possível uma aliança. Só é possível um trabalho conjunto que vise avanços económicos, sociais, políticos, e culturais que serão sempre limitados. Aquilo que guia o Partido Comunista Português, dentro e fora da CDU - Coligação Democrática Unitária, é a superação do domínio do capital monopolista do Portugal desigual e das imposições externas do Portugal amarrado — um horizonte que não cabe nas palas que confinam o reformismo. O capitalismo não é reformável, não é capaz de resolver as suas devastadoras contradições. Mas é transformável noutro sistema. Não desistimos da edificação de uma sociedade liberta da exploração humana, verdadeiramente democrática, assente nos valores da Revolução de Abril: democracia, liberdade, expressão popular, emancipação, solidariedade, justiça social, respeito pelo meio ambiente, paz, soberania, cooperação, e progresso. Não desistimos do socialismo. Haja força!