O trabalho da polícia responde a necessidades sociais de defesa da segurança, de direitos, e da democracia e deve basear-se na proximidade com as populações e na sua confiança. Ou seja, a polícia deve ser a primeira a não tolerar a presença de violentos racistas e xenófobos nas suas fileiras e a investigar qualquer elemento e denúncia que a indicie. Generalizar, não. É uma questão de respeito pela verdade. Mas não se confunda a generalização com a análise estrutural. Há quem teime em dizer que o racismo e a xenofobia não existem como problemas estruturais em Portugal, indissociáveis do passado colonial, da divisão de classes, da realidade da pobreza, e da estratificação social. O país de que essas pessoas falam com os olhos fechados e as mãos sobre os ouvidos é que não existe.