Ao comprar o bilhete de comboio para Coimbra, o funcionário da CP desdobra-se em justificações sobre a greve dos trabalhadores da IP Infraestruturas de Portugal e os serviços mínimos. Disse-lhe que tinham todo o meu apoio. Perguntou-me de onde vinha, certamente por causa da mala de viagem. Respondi-lhe que vim da Eslováquia. Comentou que eu devia querer chegar a casa. Concluí dizendo-lhe que sim, claro, mas que não me importava de chegar um pouco mais tarde — e me importava muito se faltasse à solidariedade com quem se bate por condições laborais mais dignas e justiça salarial.