Não é de hoje a lenga-lenga de que a FENPROF só defende os professores do ensino público. Os professores do ensino privado e cooperativo têm piores condições de trabalho do que os seus colegas do ensino público. A intervenção da FENPROF e dos seus sindicatos tem sido firme nesta denúncia e na defesa dos direitos destes trabalhadores. Mas tem encontrado os bloqueios e as dificuldades que convêm às direcções de muitos colégios para manterem ou agravarem a situação actual (aumento do horário letivo semanal nos 2.º e 3.º ciclos do ensino básico, banco de horas, regime de adaptabilidade dos horários, trabalho intermitente, possibilidade da entidade patronal marcar férias aos docentes nas interrupções letivas, redução de salários até 15%, congelamento das progressões na carreira, aumento da duração da carreira para 37 anos). Como são valentes os poucos dirigentes e delegados sindicais que continuam a ser uma voz incómoda e insubstituível nesses estabelecimentos de ensino, apesar da forte pressão quotidiana. Há exemplos de várias iniciativas da FENPROF neste sector que demonstram a falsidade da lenga-lenga. Deixo dois, recentes:
(2) o Acordo de Empresa assinado ontem entre a FENPROF e o Colégio Valsassina.