Entrevista para A Voz do Operário
Hoje celebra-se o Corpo de Deus. É um momento de união comum, pois se “há um único pão, embora muitos, somos um só corpo, porque todos participamos desse único pão” (1Cor 10,17). Neste dia, A Voz do Operário publicou uma entrevista que o Bruno Amaral de Carvalho me fez para a edição de Junho do jornal. Tem o título “A solidariedade é um instrumento de transformação social” e está disponível aqui.
Portugal e o Que Pode Ser um País
Passar de João Miguel Tavares para José Tolentino Mendonça não é só mudar de discurso. É afastar uma fantasia liberal-populista para dar lugar a um confronto com a realidade do que é Portugal e o que pode ser um país, uma comunidade. Um poeta é sempre alguém que deixa que o concreto o interpele para transformar essa interpelação em linguagem evocativa. Tolentino verteu em palavras as ânsias provocadas pela desigualdade, pela exclusão, pela exploração, pela dominação. No fundo, para falar de um país e de um mundo que ainda não existem, mas que estão à distância do compromisso compassivo e solidário com o bem comum.
Os “Decretos” de Rui Rio
Há tempos, Rui Rio dizia que não houve fascismo em Portugal. Agora diz que “não há racismo na sociedade portuguesa”. Os “decretos” demonstram que há pelo menos uma coisa em Portugal: a promoção da ignorância e da cegueira como expressão ideológica. Lamentável.